domingo, 10 de outubro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dóris e Bóris Making Off





Era uma vez um gato que apareceu, assim, de repente, na vida de uma mulher...E o gato se chamava Bóris...E a mulher se chamava Dóris...E a turma do Cinema de Garagem gostou dessa história e achou que ela merecia ser contada...
Então vamos lá arranjar uma atriz maravilhosa que transmita toda a carga emocional de Dóris, om apartamento incrível e que fotografe muito bem e o gato perfeito! A atriz foi fãcil porque não poderíamos pensar em alguém mais perfeita para a personagem do que Bia Ittah! A locação ideal foi cedida para nós com o carinho e a paciência da Maria Luiza que nos recebeu tão bem durante os dias de filmagem! E o gato, meu Deusssssss? Maria Luiza também cedeu o gato mas não foi fãcil fazer com que o gato cedesse aos nossos apelos de transformá-lo em astro de um filme...
Começou por aí o nosso dilema pois simplesmente não fazíamos a MENOR idéia de como trabalhar com animais em um set de filmagem! E ainda mais com um gato que é notóriamente conhecido por sua independência e por, literalmente, fazer unicamente o que lhe “der na telha”.
Bem...Conseguimos reunir a atriz e o gato no apartamento mas a bateria da câmera falhou e lá se foi quase uma hora de espera até resolver o problema. Problema resolvido e vamos filmar, né gente? Começamos a filmar as cenas mas a luz parecia estranha...Estourava...Ahhhhhh...Tínhamos que ajustar o filtro! Básico para quem está experimentando lidar com um equipamento mais sofisticado...Rs
Fizemos todas as cenas com o elenco e eis que chega a vez de “Bóris”, o gato. Mas quem disse que o gato queria ser ator? O gato queria sumir! Ele até nos deu “a honra de sua presença” em alguns takes mas, temperamental como só os gatos o são, resolveu que tinha coisa melhor pra fazer e foi cuidar da sua vida...
E foram necessários três dias e a “forcinha” do Eduardo ( que acumulou com maestria as funções de ator e treinador de gato) e da Lourdes para que Bóris nos presenteasse com cenas lindas e expressões perfeitas. E, com toda a generosidade de que um gato é capaz, Bóris arrasou no set com uma desenvoltura surpeendente! É inacreditável como um bichinho tão reservado teve uma performance tão encantadoramente sedutora ao encarnar o papel de Bóris!
E assim nasceu mais uma história do Cinema de Garagem. Uma história surpreendente com um “astro” surpreendente e que, com certeza, vai encantar a todos por sua delicadeza.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vanessa





Vinda

"Chegaste de manhã, era dezembro
.O mar cuspia azul sobre as estrelas
e marejava um cais para bebê-las.
Teu rosto era um farol, é o que lembro.

Chegaste como a chuva; pelo avesso,
acendendo a manhã nas minhas unhas
.Agora foi depois, quando eu supunha
não mais molhar-me o sol, seu sal espesso.

Nunca disse teu nome, não cabia
.A palavra era apenas seu esgar
,um modo de morder a ventania.
Só lembro do dezembro. E então o mar..."

Viriato Gaspar

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Filmando "Vanessa"













De uma idéia surgiu um conto, de um conto surgiu um roteiro, de um roteiro surgiu um filme...Simples assim? Nãããooooo!!! A idéia surgiu em um momento difícil onde a maioria dos pensamentos costumam tomar vida própria e atormentar nossas mentes com o imperativo: "Escreva-me!" E a idéia virou conto e quis o nome de Vanessa. Mas não parou por aí...Como tudo o que adquire vida própria, Vanessa pediu incansavelmente (e creiam, não sossegou até seu desejo ser atendido) para virar roteiro. E, um ano e meio depois, a tarefa de transformar sentimentos em descrições técnicas e detalhadas para melhor contar uma história estava cumprida! O roteiro ficou pronto mas teve que esperar na fila... O projeto Cinema de Garagem já estava em andamento mas estávamos trabalhando em outros filmes. Vanessa teria que esperar...E esperou pacientemente durante seis meses enquanto aquelas imagens delicadas do conto estavam sempre por perto de nós sussurrando: "Quero virar filme!" E, finalmente, chegou a vez de Vanessa! E com direito à locação pesquisada cuidadosamente para atender fielmente os pedidos de Vanessa. E a locação quase foi incendiada durante a experiência mal sucedida de ligar um refletor de 500 watts a uma extensão comum...Uma trilha de fogo consumiu a pobre extensão, espalhou pânico na equipe e deixou um cheiro horrível no local...Mas sem grandes consequências. O fogo foi apagado rapidamente pelo assistente de direção Um suquinho no bar da esquina prá relaxar e retomamos o fôlego para fazer Vanessa sair do papel. Filmamos com luz ambiente. Foi gostoso, divertido, emocionante. A equipe toda ali cheia de garra e vontade de fazer dar certo. O incêndio serviu para "esquentar" nosso entusiasmo e, horas depois, Vanessa se transformara em lindas imagens. E essas imagens serão editadas, sonorizadas, tratadas para que a idéia ganhe vida nos lindos cachos de Vanessa.

domingo, 18 de abril de 2010

É o Sol




Urgência...Uma necessidade vital de criação . Paciência...Um atributo necessário ao amadurecimento deste processo. E como lidar com paciência com a urgência de criar algo que expresse para o mundo aquilo que está latente dentro de nós¿ Como uma mãe que espera pacientemente a chegada do filho que está gerando. “È o Sol” nasceu assim, fruto de um desejo incontrolável de criar vida e ver esta vida se concretizando diante de nossos olhos. Este desejo foi o impulso para surgir um texto, do texto veio a idéia, a vida se materializando em uma história de amor...
Paciência...Um texto, a idéia de uma história e uma pergunta: como contar esta história¿ Um filme. Como fazer este filme¿ À nossa maneira, ou seja, idéia na cabeça, câmera na mão e uma equipe para embarcar conosco nesta viagem. Mas éramos só nós duas...A equipe estava temporariamente fora embarcando em outros sonhos. Então as duas atrizes-produtoras-diretoras-roteiristas teriam que dar um jeito...E contar esta história sozinhas...E foi bom, porque tivemos que experimentar uma linguagem diferente e mergulhar na personagem uma da outra, como se faz em uma relação de amor: a urgência impulsiona, a paciência concretiza e o mergulho neste universo traz a compreensão das sutilezas, dos detalhes, do ritmo da respiração daquele ser que acaba de nascer. “É o Sol”, a descoberta da luz que ilumina o processo criativo, “É o Sol”, encontrar o tom, a nota certa para fazer transbordar o sentimento em sua plenitude, “É o Sol”, o nascer do Sol parindo para o mundo uma linda história de amor.